Confirmação | Crisma

“Sem a força do Espírito Santo não podemos fazer nada. Assim como toda a vida de Jesus foi animada pelo Espírito, assim também a vida da Igreja e de cada um dos seus membros está sob a orientação do mesmo Espírito.”

PAPA FRANCISCO
Crisma
O QUE É A CONFIRMAÇÃO/ CRISMA?

O Sacramento do Crisma, juntamente com o Baptismo e a Eucaristia, é um dos sacramentos da Iniciação Cristã. Com este sacramento, recebemos o Espírito Santo e a plenitude da graça do Baptismo. Os que recebem o Crisma passam a estar mais perfeitamente unidos à Igreja, enriquecidos com uma força especial do Espírito Santo e deste modo são enviados a anunciar a fé por palavras e obras, como verdadeiras testemunhas de Cristo.

QUAIS SÃO OS EFEITOS DO CRISMA?

A Confirmação proporciona crescimento e aprofundamento da graça baptismal:
– enraíza-nos mais profundamente na filiação divina, que nos leva a dizer « Abba! Pai!» (Rm 8, 15);
–  une-nos mais firmemente a Cristo;
– aumenta em nós os dons do Espírito Santo;
– torna mais perfeito o laço que nos une à Igreja;
– dá-nos uma força especial do Espírito Santo para propagarmos e defendermos a fé, pela palavra e pela acção, como verdadeiras testemunhas de Cristo

QUAIS SÃO OS SINAIS SACRAMENTAIS?

Os sinais pelos quais se confere o Sacramento do Crisma, são a imposição das mãos e a unção com o Óleo do Crisma.

Mas não foi sempre assim. inicialmente fazia-se apenas a Imposição das mãos. No entanto, para melhor significar o dom do Espírito Santo, acrescentou-se à imposição das mãos uma unção com óleo perfumado (crisma). Esta unção ilustra o nome de «cristão», que significa «ungido», e que vai buscar a sua origem ao próprio nome de Cristo, aquele que «Deus ungiu com o Espírito Santo» (Act 10, 38). A unção é rica de numerosas significações: o óleo é sinal de abundância e de alegria, purifica (unção antes e depois do banho) e torna ágil (unção dos atletas e lutadores): é sinal de cura, pois suaviza as contusões e as feridas e torna radiante de beleza, saúde e força.

Por esta unção, o confirmando recebe «a marca», o selo do Espírito Santo. O selo é o símbolo da pessoa, sinal da sua autoridade, da sua propriedade. O próprio Cristo se declara marcado com o selo do Pai. O cristão também está marcado com um selo: «Foi Deus que nos concedeu a unção, nos marcou também com o seu selo e depôs as arras do Espírito em nossos corações» (2 Cor 1, 21-22). Este selo do Espírito Santo marca a pertença total a Cristo, a entrega para sempre ao seu serviço.

Os sinais pelos quais se confere o Sacramento do Crisma, são a imposição das mãos e a unção com o Óleo do Crisma.

Mas não foi sempre assim. inicialmente fazia-se apenas a Imposição das mãos. No entanto, para melhor significar o dom do Espírito Santo, acrescentou-se à imposição das mãos uma unção com óleo perfumado (crisma). Esta unção ilustra o nome de «cristão», que significa «ungido», e que vai buscar a sua origem ao próprio nome de Cristo, aquele que «Deus ungiu com o Espírito Santo» (Act 10, 38). A unção é rica de numerosas significações: o óleo é sinal de abundância e de alegria, purifica (unção antes e depois do banho) e torna ágil (unção dos atletas e lutadores): é sinal de cura, pois suaviza as contusões e as feridas e torna radiante de beleza, saúde e força.

Por esta unção, o confirmando recebe «a marca», o selo do Espírito Santo. O selo é o símbolo da pessoa, sinal da sua autoridade, da sua propriedade. O próprio Cristo se declara marcado com o selo do Pai. O cristão também está marcado com um selo: «Foi Deus que nos concedeu a unção, nos marcou também com o seu selo e depôs as arras do Espírito em nossos corações» (2 Cor 1, 21-22). Este selo do Espírito Santo marca a pertença total a Cristo, a entrega para sempre ao seu serviço.

QUEM PODE RECEBER O SACRAMENTO DO CRISMA?

Todo o baptizado ainda não confirmado pode e deve receber o sacramento da Confirmação. Uma vez que Baptismo, Confirmação e Eucaristia formam uma unidade, segue-se que «os fiéis têm obrigação de receber este sacramento no tempo devido», porque, sem a Confirmação e a Eucaristia, o sacramento do Baptismo é, sem dúvida, válido e eficaz, mas a iniciação cristã fica incompleta.

Para receber a Confirmação é preciso estar em estado de graça. Convém recorrer ao sacramento da Penitência para ser purificado, em vista do dom do Espírito Santo. E uma oração mais intensa deve preparar para receber com docilidade e disponibilidade a força e as graças do Espírito Santo.

Para a Confirmação convém que os candidatos procurem a ajuda espiritual dum padrinho ou de uma madrinha. É conveniente que seja o mesmo do Baptismo, para marcar bem a unidade dos dois sacramentos.

Os dons do Espírito Santo Explicados pelo Papa Francisco, que dedicou várias das suas catequeses ao tema dos sacramentos.

Sabedoria
O dom da sabedoria dá-nos um conhecimento da verdade revelada por Deus. Abrange todos os conhecimentos do cristão e põe-nos sob a luz de Deus, mostra a grandeza do plano do Criador e a sua omnipotência. Vem da intimidade com o Senhor.

Entendimento | Inteligência
O dom do entendimento ou inteligência ajuda-nos a penetrar no íntimo das verdades reveladas por Deus e a entendê-las. Por ele o cristão contempla os mistérios da fé. É um entendimento diferente daquele que o teólogo obtém pelo estudo. O dom da inteligência é eficaz mesmo sem estudo; é dado aos pequeninos e ignorantes, desde que tenham grande amor a Deus. Com a ajuda deste dom conhecemos os nossos pecados e a nossa fragilidade. Os santos, quanto mais se aproximaram de Deus, mais facilmente se davam conta das suas faltas e mais desejo tinham de perdão.

Conselho
O dom do conselho permite ao cristão tomar as decisões oportunas nas horas difíceis da vida, para que se comporte como verdadeiro filho de Deus. Isso, às vezes, exige coragem. Pelo dom do conselho o Espírito Santo inspira-nos a maneira correta de agir no momento oportuno. “Todas as coisas têm o seu tempo, e tudo o que existe debaixo dos céus tem a sua hora […]” (Ecl 3, 1-8); fora desse momento preciso, o que é oportuno pode tornar-se inoportuno; nem sempre é fácil discernir se é oportuno falar ou calar, ficar ou partir, dizer “sim” ou dizer “não”.

Fortaleza
O dom da fortaleza dá-nos força para a fidelidade à vida cristã, cheia de desafios. Jesus disse que “o Reino dos céus sofre violência dos que querem entrar, e os violentos apoderam-se dele” (Mt 11,12). Pelo dom da Fortaleza o Espírito Santo dá-nos a coragem necessária para a luta diária contra nós mesmos, as nossas paixões e problemas, com paciência, perseverança, coragem e silêncio. Dá-nos forças além das naturais. Esta força divina transforma os obstáculos em meios e dá-nos a paz mesmo nas horas mais difíceis. Foi o que levou São Francisco de Assis a dizer: “Irmão Leão, a perfeita alegria consiste em padecer por Cristo, que tanto quis padecer por nós”.

Ciência
O dom da ciência faz que o cristão penetre na realidade deste mundo sob a luz de Deus; vê cada criatura como reflexo da sabedoria do Criador e como caminho para Deus. Leva o homem a compreender o vestígio de Deus que há em cada ser criado. O homem foi feito para Deus e só n’Ele pode descansar, como disse Santo Agostinho. Por este dom o cristão reconhece o sentido do sofrimento e das humilhações no plano de Deus, que liberta e purifica o homem.

Piedade
O dom da piedade orienta-nos em todas as relações que temos com Deus e com o próximo. São Paulo refere-se a isso: “Recebestes o Espírito de adoção filial, pelo qual bradamos: Abbá ó Pai” (Rm 8,15). O Espírito Santo, mediante o dom da piedade, faz-nos, como filhos adoptivos de Deus, reconhecer Deus como Pai. E, pelo facto de reconhecermos Deus como Pai, consideramos as criaturas com olhar novo. Este dom leva-nos a considerar o facto de que Deus é sumamente santo e sábio. É o dom da piedade que leva os santos a desejar, acima de tudo, a honra e a glória de Deus. “Para que em tudo seja Deus glorificado”, diz São Bento. E Santo Inácio de Loiola exclama: “Para a maior glória de Deus”. É também o dom da piedade que desperta no cristão a inabalável confiança em Deus Pai. Este dom leva o cristão a ver o outro como irmão e a amá-lo como filho de Deus.

Temor de Deus
O dom do temor de Deus leva-nos a amá-Lo tão profundamente que tenhamos receio de ofendê-Lo. Nada tem a ver com o temor do mercenário ou o temor do castigo (do escravo); mas é o temor do amor do filho. É a rejeição que o cristão experimenta diante da possibilidade de ofender a Deus; brota das entranhas do amor. Não há verdadeiro amor sem este tipo de temor. Medo de ofender o Amado. Pelo dom do temor de Deus a vitória é rápida e perfeita, pois é o Espírito que move o cristão a dizer “não” à tentação. O dom do temor de Deus está ligado à virtude da humildade, que nos faz conhecer a nossa miséria, impede a presunção e a vã glória, e assim, torna-nos conscientes de que podemos ofender a Deus; daí surge o santo temor de Deus. Ele liga-se também à virtude da temperança; combate a concupiscência e os impulsos desordenados do coração, para não ofender e magoar a Deus.